Andando por desertos
Respeito o tempo da seca
Me deleito com Tua presença
Ainda que apenas em Oásis
Procuro o verde e contemplo
Ali há vida, Teu templo
A seca me ensina a ter sede
E mesmo quando da abundância
Sede sinto daquela sede
Meus pés racham na areia
Mas o deserto transforma o olhar
Anuncia boas novas
Quão belos são os pés daqueles
Renovada a cada dia
Prossigo ao alvo
No horizonte a miragem da promessa
Aqui, Tua presença basta e preenche
Encoraja-me pela certeza
Escuto Tua voz, em meio a cegueira
No deserto, também estás
Clareia-me os olhos! Clamo!
Pedra rude e grotesca, aos poucos lapidada
Água viva, brota, satisfaz
Por quês não importam mais
Andando por desertos
Respeito o tempo da seca
Por Lo Sena
Poema inspirado em uma edificante conversa com minha grande amiga e irmã Beatriz Yamada.
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